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O SURGIMENTO DO RITO ADONHIRAMITA NA EUROPA

O SURGIMENTO OFICIAL DO RITO ADONHIRAMITA

NA EUROPA




Logo após o Grande Oriente da França criar uma comissão de altos graus em 1773 (como já havia ocorrido na Inglaterra), começa a aparecer naquele país os Capítulos ou Lojas Capitulares objetivando gerir os graus ditos filosóficos, posteriores ao grau de Mestre Maçom. Foi proposto nesta Comissão (por Alexandre Louis Roettiers de Montaleau) um estudo sobre todos os graus existentes e praticados na França, buscando criar um sistema ordenado que contemplasse toda filosofia maçônica.

Assim neste efervescer de acontecimentos próprios da época, no ano de 1781, Louis Guillemain de Saint-Victor publica o “Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite” (1ª Ed. – A Philadélphie/Philarethe), traduzido para o português como “Coleção Preciosa da Maçonaria Adonhiramita”, com os 4 primeiros graus: um compêndio onde encontra-se descrito os Graus de Aprendiz, Companheiro, Mestre Maçom e um quarto Grau como continuação, denominado Mestre Perfeito, completando assim o simbolismo à época e, de fato, sintetizando toda vertente francesa daquele tempo, colocando Adonhiram como o grande nome da Lenda Maçônica.

Em 1785 o Grande Capítulo Geral da França entrega seu trabalho de "Síntese dos Altos Graus Franceses". No ano seguinte, em 1786, Louis Guillermain de Saint-Victor publica a segunda edição de sua Coleção Preciosa. Foram, portanto, 6 anos depois da primeira edição, como ele próprio informa no texto da apresentação desta nova publicação.

E nesta segunda edição ele apresenta o ritual com 12 Graus (sendo o Grau Rosa Cruz como o "nec plus ultra”, seguido de um texto inserido no final desta nova edição, informando tratar-se, simplesmente, de uma curiosidade maçônica e não mais um específico Grau.

Guillemain de Saint-Victor afirmava que o Grau chamado, Noaquita ou Cavaleiro Prussiano não teria nenhuma conexão com a série anterior de doze graus apresentada por ele, deixando claro que seria somente a título de complemento e curiosidade maçônica que trouxe para o seu segundo volume da Compilação Preciosa, uma tradução do alemão, de autoria de M. de Bérage. De fato, ele publicou (no Journal de Trévoux em 1785) a tradução do trabalho em alemão a respeito do Grau Noachita ou Cavaleiro Prussiano.

A obra de Louis Guillemain de Saint-Victor teve repercussão extremamente positiva a ponto de após o lançamento da primeira edição e mesmo ano do lançamento da segunda edição da Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita já estava sendo publicada em francês no exterior, especificamente na Filadélfia, EUA.

Esta obra se tornou uma referência canônica do Rito Adonhiramita e com ela o próprio rito alcançou ampla divulgação e expansão na Europa, chegando a se tornar o principal Rito do Grande Oriente Lusitano, sendo exportado para suas colônias na África, Ásia e Novo Mundo (Brasil). Na França, tornou-se, junto com a estrutura proposta pelo Grande Capítulo Geral, o padrão de “Ortodoxia da Maçonaria”.

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