LINO ABELINO GARCIA ARROYO
Coronel da Guarda Nacional que se distinguia por suas virtudes cívicas, nessa qualidade militou na Grande Guerra, maçom liberal e progressista. Nasceu em Montevideo em 23 de setembro de 1836, filho de um comerciante espanho de nome Garcia Arroyo. Ficou órfão aos 14 anos de idade, sem meios de sobrevivência e sem amparo familiar no Uruguai, resolveu se apresentação como soldado voluntário no batalhão dos Defensores da Guarda Nacional da Capital, liderado pelo Coronel Tajes, em setembro de 1851. Com seu alto desempenho de guerra foi promovido a patente de Capitão em 1865. Como militar defendeu a Pátria e a Ordem, sendo considerado um herói de guerra pelo povo uruguaio. Foi o primeiro oficial na hierarquia do comando da Guerra Grande. Lutou ao lado de seu companheiro, Coronel Justo Aréchaga e Pedro Zás, onde presenciou tombar o primeiro no campo de batalha atingindo por uma bala de canhão. Diante da tragédia, Coronel Lino Arroyo, junta a seu comando vários homens e tenta desesperadamente resgatar os feridos e cadáveres ali abatidos na defesa da Pátria e da Ordem. Depois da guerra, em 1872, passou a ocupar vários postos no comando militar e do governo. De acordo com diversos autores, em 15 de janeiro de 1875, Coronel Lino Arroyo foi preso por se opor ao sistema da época e ao próprio governo. O povo se mobilizou em toda cidade, se solidarizando com sua causa, formando um grande movimento popular no passo municipal, exigindo sua liberdade. Destacou-se em Montevideo como um grande comerciante e importador de secos e molhados, sendo membro da Casa do Comercio de Montevideo. Foi chefe político de Tacuarembó no período de12 de junho a 17 de dezembro de 1872. Foi membro do Conselho Administrativo do Partido Constitucionalista e propagandista liberal. Sócio da Revista Laurak-Bat - a partir de 1881. Foi membro da comissão de inauguração do monumento em homenagem ao General Juan Antônio Lavalleja, inaugurado pela primeira vez em 1º de janeiro de 1887, na Praça 19 de Abril. Nesta data importante, Coronel Lino representava o Sr. presidente da Republica. Fundou e instalou com Rufino Ravìa e Dr. Justino Jiménez de Aréchaga Moratório, dentre outros maçons uruguaio, o “Gran Oriente de la Republica Oriental del Uruguay”, em 19 de abril de 1882, única corporação maçônica daquele país, que defendia os direitos de liberdade e de expressão do povo uruguaio. Coronel Lino Arroyo faleceu em Montevidéu, em 27 de agosto de 1897.
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