HISTÓRIA DA AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA AMOR E CARIDADE Nº 313, BENFEITORA DA ORDEM
149 Anos de Maçonaria Ribeirão-Pretana
1872-2021
A Fundação da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Amor e Caridade nº 313, Grande Benfeitora da Ordem e Progenitora da Maçonaria Ribeirão-Pretana
A Freguesia de São Sebastião do Ribeirão Preto se separou da Vila de São Simão (Lei Provincial nº 51, de 02 de maio de 1870), elevando-se à categoria de vila com a denominação de Ribeirão Preto (Lei Provincial nº 67, de 12 de abril de 187) e neste momento de transformação, o Professor Bernardino Almeida Gouvêa Prata, com a participação dos francos-maçons liberais e progressistas emancipadores do município, ou seja: Capitão Francisco Barbosa Lima e do Coronel Francisco Ferreira de Freitas (membros da Loja Capitular Amor à Virtude); Dr. Amâncio da Gomes Ramalho; Coronel Antônio Barbosa Lima; Capitão Antônio Luiz Salgueiro; Dr. Antônio Caetano D’Oliveira; Dr. Augusto Ribeiro de Loyolla; Dr. Antônio Alves Pereira de Campos; Dr. Antônio Bernardino Velloso de Almeida; Dr. Antônio Custódio Braga; Dr. Antônio da Fonseca Ferreira Campanhã; Dr. Henrique Carlos da Costa Marques; Dr. Hyppólito de Camargo; Coronel Ignácio Barbosa Lima; Capitão João Garcia de Figueiredo; Tenente-Coronel João Vieira de Mello e Silva; Dr. Jacyntho José de Souza; Dr. Joaquim Estanislau da Silva Gusmão; Tenente-Coronel Joaquim Bueno de Alvarenga Rangel; Coronel Joaquim Antônio de Paula Machado; Dr. Joaquim Galdino Gomes da Silva; Capitão Joaquim Francisco da Silva Onça; Coronel João Franco de Moraes Octávio; Dr. Moysés Fernandes do Nascimento; Dr. Pompêo Gonçalves de Moraes; Tenente-Coronel Zeferino José de Souza Nogueira; contrariando a Igreja Católica e os conservadores, idealizaram e fundaram em "01 DE NOVEMBRO DE 1872", a primeira Loja Maçônica da Vila de Ribeirão Preto, simplesmente denominada de “AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBOLICA AMOR E CARIDADE”, filiada ao Grande Oriente do Brasil do Vale dos Beneditinos.
A Adesão ao Grande Oriente Unido do Brasil - GOUB
O Grande Oriente do Brasil do Vale dos Beneditinos encerrou suas atividades definitivamente em 1874, e neste mesmo ano, em 12 de dezembro de 1874, a Oficina decidiu se filiar ao Grande Oriente Unido do Brasil, a nova potência regular brasileira daquela época (resultado da tentativa de fusão do GOB-B e GOB-L em 1872) conforme documentos históricos (transcritos tal quais os documentos originais):
Boletim do Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil – 3° Anno 1874 (N° 8 a 12 – Ago a Dez 1874)
Pág. 753 – A Loja Amor e Caridade filiou-se ao Grande Oriente Unido do Brazil no período desde fascículo.
A Fusão do Grande Oriente do Brasil do Vale do Lavradio com o Grande Oriente Unido do Brasil
Com a fusão das duas potências (GOB-L e GOUB) em 1883 houve uma grande cisma, a Loja não aceitou e resolveu se filiou no Grande Oriente Brasileiro (instalado 24 de junho de 1831, tinha como Grão-Mestre Senador Vergueiro. O GOP interrompeu suas atividades em 1864, voltando a funcionar novamente em 1867). Com a saída da Loja Maçônica Aurora Escocezza em 21 de dezembro de 1887 (se filiando no GOB), o Grande Oriente Brasileiro encerrou novamente suas atividades em dezembro do mesmo ano. Assim, a Loja Amor e Caridade também interrompeu suas atividades. Seus membros espalharam-se pelo novo oeste paulista e pela as minas gerais, difundindo a maçonaria brasileira.
Os membros da Loja que não aderiram à nova Oficina (Loja Estrella D´Oeste, fundada em 1885 e regularizada em 1887 por um pequeno grupo de dissidente capitaneado por Ramiro Pimentel), empenharam-se em difundir a maçonaria brasileira em outras vilas provinciais, tais quais como: Batatais e seus distritos, Taquaritinga, Araraquara, São Simão, Mococa, São Carlos do Pinhal, Serra Azul, Cajuru, Bebedouro, Santa Cruz das Palmeiras, São José do Rio Preto, Santa Cruz do Rio Pardo, Brotas, Monte Alto, Descalvado, Bomfim Paulista, Sertãozinho, Cruz das Posses, Jaboticabal, Franca, São Sebastião do Paraíso; Sacramento; Monte Alegre.
O Reerguimento da Loja Maçônica Amor e Caridade Nº 313
Foram várias às tentativas de reerguimento Loja, a última notícia que se tem dos jornais daquela época é que um grupo de maçons liberais capitaneado pelo Capitão José Etelvino da Silveira, Dr. João Caetano Alvares, Dr. Augusto Ribeiro de Loyolla, Felisberto Ferreira Gandra, Capitão Lino Engrácia, Capitão Anselmo Engrácia de Oliveira, dentre outros que não aderiram à fusão da Loja Maçônica Integridade Pátria com a Loja Maçônica Estrella D’Oeste, insatisfeitos e preocupados com o rumo da maçonaria ribeirão-pretana, reergueram as colunas da Loja Maçônica Amor e Caridade. Sua nova sede foi instalada em um imóvel de propriedade do próprio Capitão José Etelvino, sito a Rua Américo Brasiliense, 115, (entre as São José e Rua Garibaldi x a Florêncio de Abreu). A Loja continuou a trabalhar no Rito Escocês, provavelmente filiado ao Grande Oriente Independente(1903-1918), fundado em 1903 pelas Lojas Sadi-Carnoti", "Germinal", "Humanitas", "Rio Branco II". Essa potência se fundiu com o Grande Oriente do Estado de São Paulo (GOB) em 1918.
O Tempo passou mais a historia não foi apagada das memorias do município de Ribeirão Preto. Um novo grupo de pedreiros-livres novamente reergueram suas colunas, e aderiram ao Grande Oriente de São Paulo - GOSP, quando recebeu sua Carta Constitutiva.
A luta e a dedicação pela continuidade do legado de nossos antepassados não foi e nem será esquecida, e sim, continuada pela nova geração de Pedreiros-Livres da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Amor e Caridade nº 313, Benfeitora da Ordem e Progenitora da Maçonaria Ribeirão-Pretana.
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